quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

O garoto de Liverpool

Assisti e adorei! Longe de ser aqueles filmes para meros admiradores dos Beatles, ou sobre os fãs, ou os clichês básicos que rodeiam o fenômeno Beatle. Não, o Garoto de Liverpool vai bem além disso. Mostra um  Lennon bem diferente, mais real. Lennon ainda é um adolescente em crise, onde parte da sua vida é uma incógnita, ele vive com os tios e sabe pouco sobre isso. E essa fato o incomoda bastante, refletindo na personalidade do garoto rebelde do subúrbio de Liverpool. Impulsivo, nada estudioso e sempre com a ironia na ponta da língua, o filme mostra o íntimo de garoto que poderia ser um adolescente qualquer. Na medida que o filme avança essas incógnitas vão desaparecendo, de uma maneira dura, mas vão. Ao reencontrar a mãe, é retratado como ela foi a responsável por apresentar o tão falado rock para ele. E é nessa onda que ele conhece o cigarro e desperta para a música, ela mesma o ensina a tocar banjo.
Liverpool passa como um pano de fundo ´quase` qualquer. Sutilmente, o diretor mostra ruelas e pontos que um beatlemaníaco consegue perceber, mas nada de holofotes para uma cidade que fora a história dos Beatles, seria uma cidade qualquer. Quem já esteve lá consegue perceber isso. Liverpool sem os Beatles não seria a mesma. A magia de visitar a cidade se passa justamente por estar aliada as letras deles, se você não é fã não perca seu tempo indo lá. Caso contrário, você vai se emocionar, sim, em cada esquina, parque ou avenida por lembrar das citações. Voltando ao filme, passa isso sim, sutil e é bom que seja assim, tornou o filme mais verdadeiro, mais próximo e real.
No filme, Lennon conhece Paul e os dois juntos compuseram mais de 100 músicas, ali mesmo, na casa de um ou outro, nos subúrbios da velha e feia Liverpool. E no filme, se você está a espera de ouvir os clássicos, esqueça, no máximo duas conhecidas, o filme é centrado mesmo na vida conturbada de um simples adolescente.

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