Pois é, chegaram as 37 semanas e nosso bebê já não é prematuro! A ansiedade aumenta junto com a curiosidade, adicionando tudo isso a um medinho do parto. Devo esperar até as 40 semanas... mas sinto que ele vem antes, intuição materna?
Trabalhos da Faculdade acabados, só falta a última prova do inglês amanhã.
A casa também está sendo "finalizada" pra chegada do pequeno. O quarto dele já tá arrumadinho e com todo conforto para que ele não sinta tantas saudades do meu útero :)
E as questões que martelam a minha cabeça, acho que a de Leandro também: como serão as nossas vidas daqui pra frente? Deixa de ser "dois" e isso deixa uma pontinha de nostalgia. Foi quase tudo muito bom, digo quase porque toda relação tem suas chatices da rotina, mas o "nós dois", em casa, nos planos, nas execuções, nas "loucuras" de mudanças, nas saudosas viagens mochileiras, na transição de país, e tantas outras coisas que fizemos nesses 7 anos e 4 meses de relação foram uma base boa, penso eu, para a nova realidade que se aproxima. São tantas interrogações, mas ao mesmo tempo sinto que vem mais e mais momentos felizes porque agora queremos ele também em todos esses planos já partilhados e novos que não eram possíveis sem ele. Aquele ditado, "tudo tem sua hora", e essa é a hora dele, a hora de nós três.
Tento não esperar nada de Tomás. Nem cobrá-lo, nem idealizá-lo apesar de ser difícil, mas que isso seja em menor proporção, sem formar uma expectativa que seja só minha, afinal ele vai ser um ser humano, que vai se formar e crescer com nossa ajuda, mas não como uma coisa projetada por nós. Sempre achei que um dos grandes erros dos pais mora aí, nessa coisa de idealizar demais, querer o filho perfeito, que goste de rock e não ouça brega, que curta viagens e aventuras e não prefira ficar em casa só aproveitando a ausência da gente, que seja legal com as pessoas, que seja solidário, que seja estudioso, enfim, todas aquelas coisas "só boas" que preferimos, mas que nem a gente mesmo às vezes consegue ser, e porque cobrar tanto, idealizar tanto?
Eu já fico me cobrando pra não cair também nesse "erro". Deixa ele vir como ele é ou vai ser, claro que para ter bons princípios serve a nossa ajudinha, mas pronto, se ele quiser ouvir forró eletrônico ou brega não vai ser o fim do mundo, só dos meus ouvidos!
