quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

A metade!!

20 semanas carregando Tomás :)



quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

O garoto de Liverpool

Assisti e adorei! Longe de ser aqueles filmes para meros admiradores dos Beatles, ou sobre os fãs, ou os clichês básicos que rodeiam o fenômeno Beatle. Não, o Garoto de Liverpool vai bem além disso. Mostra um  Lennon bem diferente, mais real. Lennon ainda é um adolescente em crise, onde parte da sua vida é uma incógnita, ele vive com os tios e sabe pouco sobre isso. E essa fato o incomoda bastante, refletindo na personalidade do garoto rebelde do subúrbio de Liverpool. Impulsivo, nada estudioso e sempre com a ironia na ponta da língua, o filme mostra o íntimo de garoto que poderia ser um adolescente qualquer. Na medida que o filme avança essas incógnitas vão desaparecendo, de uma maneira dura, mas vão. Ao reencontrar a mãe, é retratado como ela foi a responsável por apresentar o tão falado rock para ele. E é nessa onda que ele conhece o cigarro e desperta para a música, ela mesma o ensina a tocar banjo.
Liverpool passa como um pano de fundo ´quase` qualquer. Sutilmente, o diretor mostra ruelas e pontos que um beatlemaníaco consegue perceber, mas nada de holofotes para uma cidade que fora a história dos Beatles, seria uma cidade qualquer. Quem já esteve lá consegue perceber isso. Liverpool sem os Beatles não seria a mesma. A magia de visitar a cidade se passa justamente por estar aliada as letras deles, se você não é fã não perca seu tempo indo lá. Caso contrário, você vai se emocionar, sim, em cada esquina, parque ou avenida por lembrar das citações. Voltando ao filme, passa isso sim, sutil e é bom que seja assim, tornou o filme mais verdadeiro, mais próximo e real.
No filme, Lennon conhece Paul e os dois juntos compuseram mais de 100 músicas, ali mesmo, na casa de um ou outro, nos subúrbios da velha e feia Liverpool. E no filme, se você está a espera de ouvir os clássicos, esqueça, no máximo duas conhecidas, o filme é centrado mesmo na vida conturbada de um simples adolescente.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Sem título, várias...

Hoje faz 7 anos que oficializamos nosso namoro. A data de hoje foi escolhida porque não sabíamos bem determinar a data exata. Como é dia de São Valentim em Portugal, ou seja, Dia dos Namorados,  pensamos que no dia que a gente viesse embora, ao menos continuávamos a comemorar. E assim está sendo. E para comemorar aproveitamos para viajar no final de semana. Um lugarzinho perto do Recife chamado Bonito, conhecido mais pela região que é cheia de cachoeiras. Deu para relaxar, descansar e comemorar... Pegar a estrada e estar no meio do verde e de água fez bem, foi revigorante. Para finalizar o domingo, fomos ao bar Catamarã comemorar o aniversário de uma amiga. Fica no centro do Recife, tem um visual lindo e astral e pasmem, eu nunca tinha ído (foto)! Encontramos com pessoas bem legais por lá.

Hoje, que foi bem chuvoso, apesar de quente, fiquei em casa fazendo planejamento de tudo que falta para a chegada de Tomás. Desde formar minha própria lista do enxoval, adaptada de umas 7 que apanhei na net, até outras coisas que precisamos comprar e ajeitar em casa para que ele fique mais confortável e funcional. Orçamentos e pesquisas vão ter que ser feitos nos próximos 2 meses. A ideia é ter tudo, ou quase tudo, pronto até Maio, quando vou tá com 7 meses e bem mais pesadinha!

Estou a cada dia curtindo mais minha barriga, acompanhar ela crescendo assim, rapidamente, dá a sensação que tudo vai passar num instante! Também aumenta a ansiedade pela chegada de Tomás, a curiosidade de conhecê-lo cresce na mesma proporção dessa curtição! E eu que ficava imaginando se era tão bom mesmo como eu via muitas mulheres comentar sobre a gravidez. É sim, é mesmo muito bom, mesmo depois de ter passado as turbulências hormonais do início, tudo está valendo a pena. Hoje foi o dia que senti mais ele fazendo estripulias, mexidas bem leves, sinais ainda sutis, mas foi tão bom! Dizem que a partir da 20ª semana é que se sente mais, eu estou na 19ª.  Cada dia que passa me sinto mais próxima dele, isso é mesmo bem "animal"!! É ótimo!!

Amanhã estou indo fazer minha matrícula no curso de inglês lá da Faculdade. A ideia é conciliar com as aulas do mestrado, durante o dia. As aulas tanto do curso, quanto do mestrado, começam no dia 14 de Março. Faz tempo que não estudo inglês, estou ansiosa por essa volta.

Recife e Olinda já estão "pegando fogo" (como se diz por aqui) com as prévias do Carnaval. Esse ano não vou brincar o carnaval. Espero ir em algumas prévias no Recife antigo, onde costuma ser mais calmo. Durante o carnaval vamos descansar em Enseada dos Golfinhos, e por lá, junto com amigos, tem um dia de carnaval, uma brincadeira bem familiar e divertida.

Vou tentar fazer hoje a lista de algumas coisas que quero fazer antes de Tomás nascer. Coisas que já venho adiando faz tempo e coisas que depois do nascimento, vou demorar a voltar a fazer. Ainda há amigos que não reencontrei depois que cheguei acreditam? Não por culpa de alguém, mas por desencontros dessa louca e corrida vida!

Tenho uma certa dificuldade em gerir meu enorme tempo livre. Pois é, quando a gente trabalha fica reclamando que não tem tempo, e eu, aqui fico com mil planos e não consigo fazer metade! Parece que só funciono sob pressão... Queria estar estudando mais, mas pronto, todos os dias tenho isso na consciência e vou tentando melhorar um pouco, talvez quando começarem as aulas isso mude (na pressão). Ao menos estou ciente do fato e arrumando maneira de ultrapassar essa dificuldade.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

A Faculdade...

Todas as vezes que volto a Universidade onde estudei, uma onda de nostalgia me invade! Ontem estive no famoso CAC, Centro de Artes e Comunicação. Famoso porque na época que eu estudava era o prédio mais “falado” da Universidade. O CAC abriga os cursos de Comunicação, Design, Letras, Música, Artes Cênicas, Arquitetura e Biblioteconomia. Era um prédio “descolado”. A qualquer momento que você tivesse por lá, poderia aparecer alguém de repente recitando poesia ou tocando um instrumento, ou fazendo um esquete rapidinho divertindo o horário de almoço... Enfim, era um centro vivo. Assim como era o centro, óbvio eram também as pessoas que estudavam lá. Não havia espaço para gravatinhas nem roupinhas engomadas, a onda era mais pra hippie, ou melhor, alternativa, como se dizia... E, por isso, o CAC “se destacava” dos outros e era “mal falado”, pois é, preconceitos existiam e muitos! Diziam que era o centro que concentrava os gays da Universidade, que nada, a galera lá é que nunca teve vergonha de assumir quem era, enquanto os outros de outros centros viviam dentro do armário, e como viviam! Eu “vivi” o CAC, O CAC foi o grande responsável na minha transformação. Aquela coisa de secundarista para Universitária que eu engoli de verdade! Eu passava o dia no Centro, normalmente com mais dois ou 3 amigos... Conversando, vendo coisas, às vezes estudando, mas eu tava ali vivendo. Aproveitando o que o CAC ainda tinha de bom. Nesse período conheci gente de muitos cursos, entrei pro Diretório Acadêmico, fiz amizades com muitos funcionários, enfim, eu tinha uma rotina muito legal, era minha segunda casa. Foi lá que, ainda na minha turma de Biblio discutíamos a MPB, quem era melhor se era Chico ou Caetano, conheci mais o PT, sim, o PT de um Lula ainda derrotado, e claro, eu era esquerda, vermelha e radical. Contra tudo e todos da burguesia e da direita (risos)... São coisas que foram essenciais na minha formação apesar de ter mudado muito algumas perspectivas, o modo de olhar o mundo, a política, a cultura, mas foi ali onde tudo começou, o pontapé! Foi onde comecei a ler mais, e foi ali que confirmei tudo que “sonhava e imaginava” de estudar, enfim, numa “Federal”. Mitos a parte, foi lá também que fiz grandes e muitas das minhas amizades. Foi de onde partir pra conhecer o Brasil de forma barata e divertida, através dos Congressos estudantis, e foi ali que começou o embrião de uma grande mochileira! Adorava viajar, conhecer, tá na estrada, em lugares que até então só via na TV, nunca viajei muito com a família antes disso. Foi ali que ouvi falar de Barcelona e comecei a ter vontade de morar lá. Isso ainda não realizei, mas matei minha curiosidade de conhecer a cidade e voltar por mais duas vezes, e todas as vezes confirmar o que eu já ouvia falar naquela época... A Faculdade me deu sonhos e realizações. Incertezas e certezas. Amores e desamores. Amigos e uns nem tanto! Ilusões e frustrações. E por aí vai! O mais importante é que o CAC fez parte das melhores fases que vivi até hoje. Onde fui mais feliz que triste! Onde eu dei um nó naquela cabecinha de menina que vivia no meu bairro conversando as mesmas coisas com as mesmas pessoas durante anos... Um nó de verdade, uma Fabíola que nunca mais foi a mesma depois dali, e que até hoje, interfere nos meus pensamentos, decisões, a Fabíola que ali se formou... Mais que um diploma, o CAC me trouxe um olhar diferente, e por isso hoje ainda quando piso ali vem sempre muitos filminhos. Parece que entro num túnel do tempo. Um túnel cheio de nostalgia que às vezes dói mesmo. Eu já falei que tenho uma carga nostálgica bem pesada.

Ontem, quando estava saindo do prédio, que infelizmente já não tem a mesma vida que tinha na minha época (talvez por isso doa mais) encontrei uma funcionária. Era daquelas que a gente sempre estava lá na sala dela, na Escolaridade. Ela que resolvia as broncas de matrículas, inserção de notas no sistema... Mas Nadir era da gente, do nosso lado, sempre pronta a ajudar. E a gente ficava muitas tardes lá sempre conversando com ela bobagens, coisas do dia a dia, desabafando, reclamando, sorrindo, “tirando onda”... Enfim, Nadir é patrimônio do CAC! Conversamos por quase 1 hora, em pé, em frente ao centro, resumindo nossas vidas nesses mais de 10 anos que não nos vínhamos. Confirmando informações de perdas de amigos, amigos jovens que se foram. Doenças, amores, família, o CAC hoje e o de ontem, as pessoas de hoje e de ontem, enfim, falamos de tudo! Mas o melhor foi encontrar alguém que sabe o que eu sinto, que viveu aquilo também, que fez parte da minha história ali, que presenciou, acompanhou como um anjinho sorridente que tava ali no seu trabalho, na sua rotina mas de olho, olho bom na gente... O CAC também tinha disso...